Eu lhe escrevi naquela caixa de presente
que te amaria para sempre.
Já dizia, era birra.
Só.
Percebi.
Tarde demais para passar ilesa.
Meu “para sempre” não é até agosto.
Eu fingi.
Que poderia seguir incondicionalmente
enquanto você fazia seus planos solos na minha sala de estar.
Não consegui.
Ignorar que a falta de planejamento comigo machuca.
Mas eu quis viver contigo, todos estes dias.
Foram mais de 148 no total.
Acordar, fazer café, cuidar da nossa roupa limpa, o tênis sujo de lama.
Os cinemas, jantares, passeios longos a pé pelo centro.
Eu só quis agradar a você.
Ouvir uma música boa em sua companhia.
Agradar-me. Fotografar o melhor de nós.
Enquanto os outros diziam: “A gente não combina!”
Menti para mim mesma.
Desenhei um sonho comum.
Desejei você dizer que talvez também
pudesse me amar para além do 8.
Queria mesmo que fossemos infinitos.
Queria que tivéssemos nos dado a chance
de viver outra história.
Que escrevêssemos diferente.
Na sua língua. Na minha. Na nossa.
Que invertêssemos nosso avesso,
voltássemos ao começo e pensássemos no plural.
que te amaria para sempre.
Já dizia, era birra.
Só.
Percebi.
Tarde demais para passar ilesa.
Meu “para sempre” não é até agosto.
Eu fingi.
Que poderia seguir incondicionalmente
enquanto você fazia seus planos solos na minha sala de estar.
Não consegui.
Ignorar que a falta de planejamento comigo machuca.
Mas eu quis viver contigo, todos estes dias.
Foram mais de 148 no total.
Acordar, fazer café, cuidar da nossa roupa limpa, o tênis sujo de lama.
Os cinemas, jantares, passeios longos a pé pelo centro.
Eu só quis agradar a você.
Ouvir uma música boa em sua companhia.
Agradar-me. Fotografar o melhor de nós.
Enquanto os outros diziam: “A gente não combina!”
Menti para mim mesma.
Desenhei um sonho comum.
Desejei você dizer que talvez também
pudesse me amar para além do 8.
Queria mesmo que fossemos infinitos.
Queria que tivéssemos nos dado a chance
de viver outra história.
Que escrevêssemos diferente.
Na sua língua. Na minha. Na nossa.
Que invertêssemos nosso avesso,
voltássemos ao começo e pensássemos no plural.
Gostei muito
ResponderExcluiralias vamos trokar emails?
ResponderExcluirse puder
Gostei dessa poesia branca.
ResponderExcluirAmei sua poesia .
ResponderExcluirÉ , o para sempre, às vezes acaba em agosto.
ResponderExcluirO meu acabou em fevereiro. Mas , não começaria de novo...hoje penso em infinito com outra pessoa!!
Lindo, Gi
pensar no plural é mudar a alma de casa, né?
ResponderExcluirum beijo minha querida!
Quanto talento minha florzinha. Tu escreves muito! Todas as vezes que me deparo com teus poemas, volto nos anos e lembro de mim mesma, escrevendo como tu escreves agora (não tão bem, é claro) mas, com a mesma ansia pela palavra, com o sentimentos palpitanto nas mãos. Escreva sempre, minha linda. Teu lirismo me encanta.
ResponderExcluirBeijo
COntinua infinito.
ResponderExcluirNossa, adorei a construção desse texto, muito bem enlaçado. Há parelelos no texto inteiro. Está praticamente argumentativo, e nenhum argumento pode ser contradito =).
ResponderExcluirBelo texto
Uau!!!!
ResponderExcluirVc me deixou sem palavras... é maravilhoso!!!!
bju
gostei do seu post :D
ResponderExcluirbeijos me escreve :**
O meu pra sempre terminou em setembro.
ResponderExcluirE por mais que eu tente, já não é mais possível reescrever essa história.
Mas, a vida continua sim?!
Beijo-beijo
já disseram por vezes que o pra sempre sempre acaba.
ResponderExcluire restam só as gotas de café no fundo da xícara.
e a letra S largada no chão, negando ajuntar-se ao resto da palavra.
beijos, gi ;*
Ahh.. amei a poesia!
ResponderExcluirO "para sempre" nunca é o que queremos, de qualquer maneira ele acaba.
Muito bom o blog!
Beijoos'
Boom Fim de Semana!
arrepiou.
ResponderExcluirsério!
Ficou muito lindo, de verdade *-*
ResponderExcluirSuas poesias sempre me tocam!
O meu para sempre tbm acabou, mas sei lá, a vida continua :/
Beijão :*
ótimo texto.
ResponderExcluirMuito bom teu blog.
Maurizio
Ah, nem tenho muito o que dizer.
ResponderExcluirFicou show!
Adorei mesmo.
Beijo.
Acabar em Agosto.
ResponderExcluirVida no plural.
Quase todos passamos por isso.
Por mais desagradavel que seja.
Mais vc passou isso com uma tal clareza que nem eu antes havia pensado que era assim mesmo.
Arrasou muiito bom.
Beiijos.