segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ses paroles reflètent sur moi.

São suas palavras refletidas em mim,pairando doces ao pé do ouvido:


''E mesmo que eu saia completamente acabado disso tudo,
já és parte de mim
és uma grande parte de mim.
Sentir que vou te perder
é como se estivessem me tirando o meu melhor
Nao minha pequena, não quero te fazer triste
quero que fiques feliz,
quero cuidar de ti todos os dias da minha vida.
Quero dizer que tudo que eu passo
nao faz sentido se nao tiver algo de ti,
e que se um dia te perderes de mim,
eu te procuro até te encontrares em mim de novo

Não, eu nao quero te frustar,
mas quero que sejas completamente minha
sim,sou egoísta a esse ponto.
Não vou te frustrar,
quero que sempres te encontres em mim
não existe algo que eu ame mais,acredite
não existe.


Não existe ninguém por quem eu me renunciaria,
nem ninguem que eu queira cuidar e completar o meu tempo,
mesmo que não sejam tempos vagos.
Acredite, não existe mais ninguem
que eu queira encaixar minha alma



Prefiro até perder tudo,
posso ate mudar de profissão
mas nao abro mão da idéia de te ter
não vou mudar de idéia,
não posso te perder.''

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Maré baixa transborda um corpo meio vazio.

Olhos iguais ao horizonte do mar, 
rasos d’água salgada.
Ríspido respinga a lágrima.
E o sol, sal seca. 
Transformando tudo em livros de areia.
Em palavrinhas ao vento.
A solidão experimentada 
pela primeira vez aos vinte e oito*.
Antes evitada.
Evitando a si mesma.
Porque foi mais fácil viver assim.
Enchendo-se de nada e ninguéns.
Momentaneamente, 
ele não lhe serve, 
nem lhe faz muita falta.
Não correria este risco.
Escolheu seus vazios a dedo.
Tocando as texturas 
do que hoje é nada.
Pêlos.
Restaram coisinhas tolas.
Ela não se reconhece.
Mas procura a conexão em banda larga.
Porém, nada mais a toca. Não há som algum.
Em cada esquina padrão.
Transita.
Querências.
Nos cinemas 
que prefere ir bem desacompanhada.
Sabe que uma mulher como ela 
não pode viver só de pão de queijo.
Nem da cerveja sem jantar, 
seguida de oito cafezinhos 
puros com adoçante.
Cinco gotas. 
Um mojito para viagem.
Bem maquiada pra não desmaiar e 
sorrindo porque alertaram, 
esta é sua vingança.
Tem facilidade para verbalizar os sentidos.
Dificuldades para respirar.
Portando, trava-se aí a primeira batalha.
Falar e respirar. Respirar e falar.
Contra também a ansiedade. 
Acelerada por nada.
Faz restar o nada, 
as dúvidas e por que a pressa?
Achava que não tinha problemas com rejeição.
Este sentimento de todos, qualquer um.
Mas tem! 
Sentiu envergonhadamente. 
Percebeu dias atrás. 
Que ama sucrilhos com leite, 
danoninho e toddynho.
Pequenos prazeres.
Tem a estranha mania de falar tudo no diminutivo.
Diminuindo coisas grandes. Inclusive emoções.
Deixando tudo do seu tamanhinho.
Ao seu alcance.
Na altura de suas mãos, 
na largura de seus passos atrasados.
Tem se perguntado, onde estava que 
não ouviu aquela música na adolescência?
O que lia que não aquele livro?
Por onde andava que não naquela rua?
Tem se enchido de dúvidas 
e telefonemas mudos.
De mensagens que vão 
e não precisam de respostas.
Que se perdem como ela.
Tem se lotado de informações 
que geram ainda mais dúvidas.
Para que servem?
Tem querido ser querida, 
mas sem querer, querer ninguém.
Vale?
Olhar o horizonte do mar.
Lembrar da canção de ninar 
que mamãe cantava para ela.
Do um pequenino grão de areia, 
sonhador que se apaixona por uma 
estrela e vive uma história de amor.
Acha lindo. 
Desacredita.
Faz os olhos transbordarem.
Do sol, saldo vazio, da ansiedade de ninguéns. 
Algumas dúvidas apressadas, 
dos poucos pequenos prazeres no diminutivo, 
um livro de areia de palavrinhas ao vento, 
do grão um sonho ou pesadelo. 
Toda história de amor tem final feliz?
Então não era amor.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Un Toast.

Um 'Salve à nossa amizade, ao doce, o amargo, o azedo da vida. É verdade, estou ajoelhada no milho,mas ainda assim agradeço. Pagando penitência por uma surpresa inesquecível. Sabe Brê?, daquelas que você não se arrepende de ter vivido, mas quem pode dizer se eu teria vivido melhor? Não se pode prever perdas e danos e nem vale a pena calcular o depois. “Não adianta chorar sobre o leite derramado” são águas que rolam,e isto eu pude perceber. Sou mesmo o contrário de muitas que já vi, “que olha e não vê”, você que diz nunca ter sido amado. Racionalmente não calculei o que seria melhor para mim,isso e outras coisas mais temos em comum ,caro amigo. Me entreguei, como ainda estou, percebe? à uma realidade que me fez mal. Desenhando peixinhos e escrevendo sobre ela. Ela, a vida, dor ,amor com rima pobre ,pecado da maçã. Fruto de alguma piada divina, algum anseio e o sentimento (ou ilusão energética tardia) de realidade. Isso! Creio que estamos em busca da realidade- Lato Sensu . Vamos vivendo nossa ilusão particular.



segunda-feira, 10 de maio de 2010

Um beijo e até mais tarde.





Quero te deixar livre.
Quero você sem obrigações comigo.
Te quero pró prazer.
Deve ir sem dar satisfação.
Não quero te preocupar.
Quero que vá, que parta.
Que me despedace.
Deixe-me cá onde estou.
Onde sempre estive.
Da onde nunca fugi.
Quero que saibas que sobrevivo.
E você também.
Peço apenas que caminhe em sua direção.
Que me deixe aqui sem sentido.
Que tome seu rumo.
Seu drink.
Encontre-se.
Assemelhe-se.
E me deixe. Só.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Bilhetes e garranchos.









Benzinho, o tempo é uma corda que se enrola no pescoço 
e vai apertando de mansinho ano após ano, 
até que em um segundo indefinido 
ela te despenca da cadeira da sobriedade, 
onde sempre estamos, em uma duvida, 
um vai e vem frenético, 
sem ao menos saber que estamos lá.
O tempo é a doçura inerte dos nossos passos de valsa, 
calando as bocas sujas, e beijando-as 
logo após um acerto de contas... 
Na cama todos somos juízes de nós mesmos, 
julgando cores sensações, 
abraços, gotas, suor, conversas, intuições.
Somos podres por natureza, 
pontos fracos de nós mesmos, 
somos luz em meio ao nosso breu-cotidiano, 
diante de toda lucidez, 
o álcool move toda a filosofia e em meio a ela, 
ele se embebeda de idéias causando espasmos, 
causando frenesi, latência, loucura...
Benzinho, eu acordei suado, 
com idéias pairando perto do ventilador, 
como aviões de papel que sugerem planos de dominar o mundo, 
por mais estranho que pareça, eu os aceito. 
Te tenho em mente boa parte do tempo, 
e o tempo que me resta escrevo 
sobre o tempo que estive em ti.
Hoje eu acordei sem sono, como se tudo tivesse ido embora, 
um bilhete, um garrancho, uma poesia, 
um sonho de viver em meio ao caos. 
Me engano como um físico embriagado, 
nos seus cálculos sonolentos. 
Ele calcula o amor, em centímetros de mercúrio, 
enquanto o amor na sua medida infinita 
tem o dom de não ter medidas. 
Vou embora, deixo o conteúdo do bilhete 
para sua doce imaginação calcular, 
o garrancho, você acabara de ler.
Garrancho de um blues, de um som.
Se é que é possível mudar toda a sinestesia, 
som em cores, em sabores que ardem no olho, 
que te tocam com um cheiro próprio o sexto sentido, 
em um frio que nobremente saboroso... Arrepia.



* Texto de um amigo muito querido , 
não hesitei em colocar aqui .Sem egoísmo.
Afinal coisa boa tem mais do que a obrigação de ser compartilhada . 
Mérito do Estevam Pontes .