sábado, 23 de julho de 2011

E assim vos apresento.







Chegou no céu o rei do flerte.
Dos apelidos criativos.
Dos cinemas em dias de chuva.
Das comidas mais engordativas fora de horário.
Das melhores histórias
( sobre pessoas de convívio natural ou de bandas geniais e inimagináveis )

Dos sorrisos espontâneos mais sem jeito que eu já vi.
Das bicicletagens diárias pela cidade.
Dos casacos de couro ou jeans.
Dos coturnos e dos vinis
(que em grande parte não existem mais em biboca alguma por aí).

Do amor incondicionalmente tímido e a seu modo
pelas poucas e boas pessoas que sempre vai ter.
Da teimosia.
De falar de boca cheia e beber bastante coca pra ajudar a descer
De não se importar com que os outros iriam pensar
De falar num tom acima do comum
De ser querido por esses poucos e bons
mesmo que talvez não soubesse da proporção toda desse ''querer''

Da teimosia
Dos apertos fortes de mão
Das latas de milho consumidas fora de hora e em locais quase ''impróprios''
Da atenção
Do saber ouvir
Do saber falar
Das manias
De querer fazer tudo na sua hora e do seu jeito
De ser duro na queda

Das decisões
Da persistência
Das traduções
Das revistas alternativas
Dos presentes surpresa no meio da tarde
Dos beijos na testa sinalizando proteção
Das brigas e pavio curto
Das reconciliações

Dos abraços de urso
Do ir e logo voltar
Dos conselhos
De fazer sorriso na gente por ter tiradas incríveis
De toda a excentricidade.
Da sua menina dos olhos que o tempo transformou em mulher
Do coração maior que o corpo
Da vida efervescente que sem ele tá mais pra coca sem gás
De toda essa mistura agridoce de saudade e amor.