segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Air.




E a frase “que seja eterno enquanto dure” não sai daqui de dentro.
Mesmo que pudesse ser só até o dia seguinte, preferiria que fosse intenso.
Assim do meu jeito de quem não sabe viver as coisas pela metade.
Quero te levar comigo, pra conhecer tudo o que conheci ontem.
Porque sempre quero te ter por perto, nas piores e melhores situações.
E ontem meu pensamento era só terminar aquele jantar, voltar pra casa
e tentar reverter tudo que eu fiz.
Enquanto pulava de uma cerveja pra outra 
Enquanto falava de você a eles,
observava os desenhos delicados na parede e o espelho antigo.
Era a nossa cara.

Tenho que te levar nesse lugar, enquanto dure.
E em todos os outros que planejamos.
Na praia que você disse que queria ir, num bate e volta.
Pra ver o mar do lugar mais alto que tiver por lá
Pisar na areia, ir de mãos dadas pra qualquer lugar.
Nossa casa imaginária.
Faz de conta que é na Lapa.
Vou até lá reservar um cheiro de mato.
Uma pequena Clarice para brincar no jardim.
Um cachorro grande de raça qualquer.
Pra impor respeito.
Rede na varanda.
Dias de sol.

Não se preocupe, vou encomendar os nossos sonhos.
Um entardecer com chuva fina, fria.
Brisa e arrepios de leve.
Caminhar.
Vou te levar pra gastar desse nosso sentimento.
Sem culpa. Sem preservar.
Antes, precisamos viajar.
Cuba.
Cozinhar.
Nos por em ordem.
E uma foto para cada vestido meu.
Poemas que viram situações.
Situações que viram poemas.
Desejos a desejar. Podemos tudo até agosto chegar.
Situar bem as agulhas sem me pinicar.
Linhas que viram palavras.
Que viram frases bem colocadas.
Parágrafos inteiros de zelo.
Apelos.
E eu te pedindo pra ficar.

Vem, vamos lá no nosso bar.
A gente pode tudo.
Vivendo o todo.
Se usar.
Sem se apegar.
É mentira.
Até agosto.
Ao seu gosto.
Amor voar.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Te (re)lembrar.

Ai, se voce soubesse a dor de saudade que tenho todos os dias.
Só de (re)lembrar cada modo teu já me vem todo aquele peso no baú da memória,
a partir daí sou só vontade de sair voando e te buscar onde quer que seja.

Eu reparo você toda, te monto feito quebra cabeça, peça por peça.
Como se fosse enigma te decifro e te devoro.
Te quero perto, te quero sempre, te quero bem do início ao fim.

(Re)Lembro do jeito como segurava aquele cigarro na ponta dos dedos,
dos teus olhos 'castanho-saudade' rindo pra mim naquela última vez em que nos vimos,
de todas aquelas fotografias em preto e branco que tiramos já faz tanto tempo,
e ainda assim, sempre penso que foi ontem.

O tempo é traiçoeiro,
me engana sempre e me faz não ter mais tempo
do tempo que antes tinha pra te ter por perto.

Venha hoje a tarde, faça toda essa dor sumir.
Me olha de volta,
me conta uma história sua,
vamos sair na chuva
como naquele dia.
Vamos inventar qualquer coisa nova.
Falar do que nos faz felizes ou do que ainda dói.
Qualquer coisa nossa
pra depois lembrar.
Sentir.


Ai, que eu já não posso com tanto amor.
Que já não me aguento nos intervalos apressados entre um dia e outro.

Como posso andar reto com esse peso todo de saudade?
Essa saudade morta no instante em que te vejo,
é a mesma que renasce todas as vezes que voce me beija,
um beijo só seu, assim de você pra mim, sabor despedida, acende um ultimo cigarro
depois me olha com uns olhos de quem só quer ficar e repete baixo
sem querer que eu ouça, bem de mansinho a palavra tchau.



































Por favor tempo, traz você de volta.