quarta-feira, 30 de setembro de 2009

-Vai entender.

Ele quis biografar-me.
Mas não ficou pra saber do fim.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Aquelas de Iza -parte I

G: -Não gosto dessas brincadeiras.


I: -Quais?


G:-Com objetos pontiagudos.


I: -O que seria Pontiagudo?

(pausa)


G: -Sério,ou é brincadeira?

Quem já foi,sabe.





Foi?




sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Ela é Amélia

Procuro uma caneta ou um lápis,
mas eles nunca estão por perto
quando minhas idéias vêm á tona
numa euforia de criança em frente á roda gigante.
Padeço com todas elas dentro de mim.
Uma atrás da outra em fila indiana.
Ansiosas e ociosas,todas em banho-maria.
Cozinhando á mim mesma.

Se eu tivesse uma caixa de lápis de cor,
sairia desenhando por aí.
Rabiscando muros brancos por pura sorte.
Escrevendo entre as passarelas,os transeuntes,os carros.
Dentre toda sujeira,poemas,poeira e lágrimas.

Ele diz que eu gosto dessa minha melancolia.
Mal sabe que não sei nem viver de outro jeito.
Mau jeito,bem feito pra mim.
Mereci.
Bobeei.
Quase larguei.
Caí.

E guardei tudo aqui por dentro.
Também em fila indiana,
assim como as boas idéias.
Em banho maria,cozinhando-me.

Fazendo fumaça.
Fazendo graça.
E tudo de graça.

Porque não posso controlar meu pensar.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Molde.


Ela se reconforta ao brincar de cores.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Prefiro em casa.


Pra mim não há nada melhor do que ficar em casa,
e me embalar na sala,lendo alguns livros do meu criado mudo.
Que eu já saí por aí,
que agora eu quero ficar
no silêncio ímpar,comendo pizza gelada.
Rindo dos sonhos bobos da irmã
que vê 'fantasmas' na escada.
Pra mim não há nada melhor do que ficar em casa,
onde posso inventar na cozinha preta e branca,
uma receita qualquer,ou aquele típico bolo de fubá.
Enquanto uma certa amiga M. liga pra jogar conversa fora,
ou pra contar da saudade.
Pra mim não há nada melhor que ficar em casa
e não ter barulho de nada,
apenas das risadas daqueles amigos
que entram e saem pela minha porta.
Onde eu posso descobrir mais de mim,
sem ter músicas ensurdecedoras,luzes,
pessoas desconhecidas ou de qualquer outro lugar.
Pra mim não há nada melhor que a minha 'quietês',
onde encontro a poesia que há tanto tempo eu não fazia.
Em versos simples assimétricos,
de fato não tendo rima.
Descubro que é talvez como andar de bicicleta
e eu não tinha percebido
que se tratava de algo singular.
Sigo dando o valor necessário
na minha casa,na minha vida,
valor na minha rede,na minha pizza amanhecida,
no meu sofá e num certo violão que minha irmã
insiste em me ensinar a tocar.
É,talvez seja culpa da minha idade cronológica
três ou quatro anos mais alterada;
Mas ainda que não fosse,
acho que preferiria ficar em casa,
onde eu tenho pizza,M.,irmã,rede,alguns amigos,
sofá,cozinha,livros,café,tecidos e um certo violão
que eu mal sei tocar.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dentro daquela 'gelomática'


Ele é sutil.

Nublado.


Sabendo que garantias nem sempre existem,
ela optou por caminhar no chão.
Desistiu de querer ficar até o final pisando em nuvens.