quinta-feira, 19 de novembro de 2009

La veine entre nous deux.





Para te relembrar meu amor.
Faça e apareça
senão te invento por toda eternidade...

Ela era pequena. Ele tinha braços compridos.
Ele era abstração. Ela lia Nietzsche.
Ela tinha cabelos longos. Ele, mãos firmes.
Ela era frágil. Ele, cauteloso.
Ela era impulsiva. Ele, o impulso.
Ela parava no tempo. Ele era contemplativo.
Ela gostava da grama. Ele sentava-se ali.
Ela dizia o "não" e o porquê. Ele dizia: por que não?
Ela queria vencer a correnteza. Ele a puxava pelo braço.
Ela queria ver o mar. Ele a levou ao outro lado dele.
Ela via a poesia no muro sujo. Ele fazia a poesia dela.
Ela se perguntava sobre a morte. Ele lhe soprava o vento quente de dias de verão.
Ela quis verdade. Ele a beijou com olhos abertos.
Ela tentou um golpe. Ele segurou sua cintura..
Ela era melancolia. Ele era bossa nova.
Ela fez uma pergunta. Ele lhe escreveu seu nome no céu.
Ela procurou as palavras certas. Ele a tocou da maneira certa.
Ela pensava em trabalho. Ele imaginava uma casa no campo.
Ela explicou horas a fio. Ele cantou só uma canção.
Ela era o piano desafinado. Ele era o Tom.
Ela era feita de ar.
Ele também.
Ela era e queria pouco.
Ele era e queria pouco.
Mas eles tinham, um ao outro.
E com isso, tinham muito.
Ela era feita de fogo.
Ele também.
Havia amor. Há amor.
E isso basta a eles...
 
Palpite.*

7 comentários:

  1. sei que é coincidência, mas tive a ligeira impressão de que ele foi escrito pra mim! E tenho vários motivos para pensar nisso... vários mesmo!
    lindo, lindo, lindo!
    senti até uma cosquinha de alegria por dentro, e um frio na barriga ao ler...
    obrigada pelas belas palavras que trouxeram um sinal pro meu dia... ;**

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  2. Noossaaa
    Ameeiiiii a foto...
    Lindo post...
    Bjo Gi...
    =D

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  3. Ele e ela: quase perfeitos, mas completamente felizes. :D

    Beijo.

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  4. Ameii *-*
    Fikou muitoo perfeitoo !!

    bjus ;*

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  5. Num é que ficou massa pra caramba...vou seguir...
    Eu - bjim moça...
    Meu eu - ótimo. Bjos.

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  6. Gi, que lindo!!! Às vezes invento alguém na esperança que exista o pó do pirimpinpin.

    Demais!

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