Atravessou a rua com uma ideia fixa.
Ser feliz.
Porque sente-se meio obrigada.
Desde pequena.
Aos quinze relembra,
a mãe questionou a falta de sorrisos dela
pela primeira vez. Depois só silêncio.
Foi nesta mesma época que passou a fingir.
Porque assim é que é.
Ser adulto é um pouco isso.
Também, parou pra pensar,
se não for feliz agora, quando será?
A insatisfação a acompanhou até
o outro lado da calçada.
Grudou nela o dia todo.
Incomodada.
Comemorou quando o dia terminou.
Feio, amargurado e triste.
Feito de um chuvisco previsivelmente chato.
Não foi nada emocionante.
Na volta para casa ela evitou olhar ao redor.
Já não queria mais nada.
Apenas a continuidade.
Mesmo que signifique isso.
Ser adulta é ser atriz de cinema com todo o estrelato,de cabaré com todos os fãs e palhaça,pq é dentro de ksa q mora a diversão.
ResponderExcluirAdoro ler seus textos.