sexta-feira, 3 de maio de 2013

Endereçado assim.






Transcendo o físico com a perenidade dos gestos,
gastos ou pensados
seguem calculadamente leves e engatilhados
pra balear o esquecimento.


Venho sangrando as más lembranças nos últimos dez meses,
por falar em esquecer.
Escrevo menos, digo mais.
Te provo e comprovo que esgotei de ser eu
pra ser (re)feita de nós
fisgados
como o meu peito.


Como evitaria ser tua, nua e lúcida
ainda que me fosse opcional,
se são tuas as mãos que me folgam todo o peso de viver?


Quero muito e peço pouco,
pra começar bem devagar
a divagar a boca nas prisões feitas de carne.
Abrir poros até os ossos,
que sustentam o cativeiro do teu corpo.


Pra atravessar tuas esquinas
não foi preciso olhar pros lados,
já reservada a diretriz.


Sigo teus sinais
revestida da vida que me cabia,
desprendida de resistências ou objeções.
Depois de desencontros infiltrados e ironias a fio,
resgatei nosso começo
pra que existisse um meio
de riscar os fins.


Flerto os mesmos olhos castanhos que iluminam meus escuros.
abarrotados dos sonhos
que guardei em segurança.

Dilatados de vontades embaladas pra presente,
contendo formas renováveis
do mesmo amor
pra gente usar.

5 comentários:

  1. Renovar, mesmo o novo sempre é necessário.

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  2. "Como evitaria ser tua, nua e lúcida
    ainda que me fosse opcional,
    se são tuas as mãos que me folgam todo o peso de viver?"

    sendo fiel às nossas origens: ÉGUA, não faz isso comigo.

    Gio, vc me arranca suspiros.

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  3. Eu passo um tempo sem vir aqui, sabe?
    Vezes por ser tão forte que até assusta e outras por gerar milhões de ideias, forças-vontade e aí mil parafuros caem.

    Não sei, mulher. Não sei. Essas ligações que aparecem na vida, parece até que cê tava na mesa de bar do sábado.

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