sábado, 12 de novembro de 2011

Meu menino. Meu pedaço. Meu presente.




Carta à Diogo Murrieta,  em 11/11/2011


Não permito que seus olhos andem se escondendo, planejando fuga, saindo da rota direta por onde andam os meus. Ficam marejados, mesmo fazendo menção de que como de costume vão sorrir pra mim. Não adianta, sei lhe ler até de longe, e você sabe.

Sua cabeça gira,  a carne enfraquece e as pessoas somem como naqueles filmes que a gente prevê o fim. Eu entro em cena na sua vida como naquela parte em que a mocinha se aproxima do cara como quem nada quer, pela porta da frente, andando devagar, procurando semelhanças, pontuando diferenças.

Perceba que com o desenrolar da trama, assim de mansinho, vou fazendo aquele nosso filme todo em preto e branco colorir. Julho é mês de chuva, mês de você e de mim, do you remember?

No carnaval da vida não usamos nenhuma máscara, somos descarados e costumamos rir bem alto sem nenhum pudor em qualquer hora de um lugar qualquer. Entre nós não existem clichés. Entre nós só existe um  espaço curto separando os abraços que me fazem encostar meu coração no seu. Do lado de dentro só existe amor,  a vontade de querer me  dividir contigo misturada com aquela lei de ser feliz que inventei pra gente noite passada.























Em dias cor-de-céu-que-chora prometo fazer cair pingos de afeto.
Vamos sair sem guarda chuva pelas ruas, pra que eu possa me encharcar de você.
Pra você se resfriar de mim e nunca mais fazer sarar.













7 comentários:

  1. coisa linda! principalmente esse final :))

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  2. Que lindoooo...
    "Vamos sair sem guarda chuva pelas ruas, pra que eu possa me encharcar de você.
    Pra você se resfriar de mim e nunca mais fazer sarar."

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  3. PQP roubei pra minha coleção de textos fodas!!

    pqp!

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  4. Lindo texto, sutil, gostoso de ler.
    Beijos, gosto quando voltas a postar aqui. Gosto mesmo.

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  5. Ah Gio.. sempre escrevendo coisas lindas.
    ;)

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  6. Que bonito! "Pra você se resfriar de mim e nunca mais fazer sarar."
    Parabéns.

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  7. Isso é puro como água que cai do céu.

    Lava os telhados, as ruas e calçadas.
    Limpa estátua adormecida, pombo voador de céu.
    Desmascara o ar de cidade grande.

    As pessoas não precisam de mais resolução nos seus aparelhos televisivos, precisamos de mais chuvas.

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