domingo, 9 de fevereiro de 2014

Continuações variáveis do não entender.




O aborrecimento em estar viva, sem ter tido previsão ou convite  para vir até aqui, grita em todos os meus silêncios. Creio que desse aborrecimento, com o qual sou obrigada a conviver, só receberei sinais confusos. No pouco que tento descobrir me confundo, minha  intuição vazia de sentidos nunca foi de ajudar.

Com o peso dos dias ruins, na beira dos meus nervos, não há beijo que me cale, nem amor que me faça enternecer. Só o que resta é o egoísmo de saber ser e doer sem pausas.

O incômodo dará a entender ser a última aparição. Talvez me renda algumas páginas encharcadas do meu sal, muito provavelmente, nas situações inesperadas, vai me forçar a engolir o que sou e resolver, não  questionando ou alertando o eu sem gosto.

E continuarei provando insosa do cansaço
na agonia de caçar respostas.

Quantas vidas me serão impostas até enlouquecer?

5 comentários:

  1. Uau!
    É triste saber que outras pessoas no mundo se sentem como eu. Perdidas no seu próprio sal. Temos de acreditar que isso passa - nem que para isso tenhamos que enlouquecer.

    Beijinhos

    ResponderExcluir
  2. a ressaca desse mar de nós mesmos.

    ResponderExcluir
  3. Vida, vida... tão bonita e tão feia! Dom ou condenação? Não sei... Só sei que basta um milagre para que nada tenha sido em vão, e tudo tenha valido a pena. E que um mísero segundo de sorriso tem o poder de redimir séculos de solidão. E que seguimos, tol(d)os (?), em busca desse tal milagre.

    ResponderExcluir
  4. na espera de me inundar com as tuas palavras ( e tua presença)

    ResponderExcluir